O DGB, com
seus tubos de 1,5m de altura, precisa de uma base de apoio que suporte não
apenas seu peso, mas seus mecanismos pneumáticos e elétricos. Esse suporte foi
feito em madeira reutilizada de demolição, o que contribui para a visão de
baixo custo que o projeto teve desde o início, além de ser um material que
seria descartado, sendo assim, agradável no âmbito de sustentabilidade.
Houve uma discussão entre o
grupo para decidir se os tubos seriam de vidro ou acrílico, pois o acrílico,
apesar de ser sem dúvida a melhor opção, teria um custo extremamente alto, e
esse problema foi resolvido quando foi adquirido o patrocínio, que acabou por
custear todos os materiais que não puderam ser obtidos anteriormente.
O projeto da base inicial foi
um objeto piramidal de dimensões 20x30
(parte superior) e 40x50 (parte inferior), no entanto, um objeto nesse formato
fugiria das possibilidades de produção do grupo, que contava com ferramentas e
tempo limitados. Essas dimensões estavam superestimadas pois os tubos à serem
usados seriam de aproximadamente dois metros, portanto, haveria maior
necessidade de manter o display estável.
Como o projeto final foi
mudado para tubos de 1,50m de altura, a base foi redesenhada, sendo uma parte
um trapézio e, como haveria uma portinhola (para permitir a manutenção e
exposição dos circuitos na base dos tubos), houve também a adição de uma parte
não-angulada na base do suporte. Essa parte tem como função principal dar
estabilidade física entre as duas "paredes" da lateral, já que a
portinhola seria móvel e não serviria à esse propósito, deixando assim toda a
tensão na parte de trás.
Como todos os materiais
utilizados foram reaproveitados, não houve variedade e possibilidade de
escolha, portanto, apesar das medidas iniciais terem sido estimadas e seguidas,
houveram vários desencasamentos de tamanhos. Ao final, apesar do projeto
apresentar medidas "quebradas" e, aparentemente, aleatórias, todas as
peças se encaixaram. Segue abaixo um desenho simplificado das faces do projeto.
As medidas apresentadas no
esquema anterior podem parecer equivocadas, mas foram conferidas de forma
externa, considerando as placas de madeira, que medem entre 10 e 20mm de
espessura, no entanto, as dimensões internas são de 65x40cm (inferior) e
14x40cm (superior) coportando o suporte dos tubos de forma justa e confiável,
sendo que o tubo do meio fica situado no exato meio do projeto, e os outros
quatro são alinhados à ele, dois de cada lado, com espaçamento de
aproximadamente 4mm entre si.
Do primeiro ao último tubo são
96mm, sendo que cada tubo ocupa 16mm (10mm internos, ~3 de parede) e há 4mm de
distância um do outro. O suporte superior que segura todos os tubos juntos
possui 40cm de comprimento e 14,5cm de
largura, com 5cm de espessura. Os tubos vão passar por esse suporte e vão
chegar até um outro, de mesmas dimensões, exceto que esse foi serrado
longitudinalmente, de forma que sua largura é apenas 7,25cm e os buracos por
onde os tubos passariam são canaletas onde os mesmos vão ser apoiados e
pressionados. Esse segundo suporte, distante 10cm do fundo da placa da base,
segurará os tubos antes que eles cheguem à mesma, permitindo a colocação da
válvula anti-retorno, que necessita ficar na posição vertical.
Para segurar os tubos contra a
segunda parte do suporte, é usada uma presilha com parafusos equipados com uma
rosca "borboleta", que permite ajustar manualmente a pressão sobre o
acrílico, evitando a quebra do mesmo e permitindo a soltura para manutenção ou
montagem.
Há também, no espaço ao lado
dos tubos, quatro furos de 4mm para a passagem dos LEDs RGBs, sendo que esses
são inclinados para maior aproveitamento da direção dos seus feixes.
A parte "reta" do
suporte, mais próxima ao fundo, tem como objetivo (além da sustentação física
já citada) liberar um espaço de trabalho e instalação de componentes, pois, se
fosse completamente angulada, como um trapézio comum, perderiam-se valiosos
centímetros cúbicos, onde poderiam ser colocadas as válvulas (que ocupam um
espaço considerável, pois são cinco, além, é claro, das mangueiras de
alimentação).
O projeto final conta com uma
tampa de acrílico (que ficara situada numa das faces inclinadas, e será presa
na lateral do suporte superior) para a visualização do circuito pelo público e
para a possível manutenção, além, é claro, de facilitar a instalação das
válvulas durante a confecção final do projeto. Por fim, há duas alças na parte
lateral do projeto para facilitar na movimentação e transporte do projeto, já
que esse, por ser feito em madeira e comportar diversos componentes, pode pesar
de 12 à 15kg.
As ferramentas utilizadas para
a manufatura do projeto foram, em suma, simples, sendo apenas duas ou três
excepcionais, como a furadeira de bancada ou a serra circular fixa. Fora essas,
foram usadas: furadeira manual, serra circular, lixadeira orbital, esquadro,
chave philips, parafusadeira, serrote e parafusos em geral.